A31.0 - Infecção pulmonar micobacteriana
A31.1 - Infecção cutânea micobacteriana
A31.8 - Outras infecções micobacterianas
A31.9 - Infecção micobacteriana não especificada
O CID-10 A31.0 é usado para classificar a tuberculose pulmonar ativa. Especificamente, é usado para identificar casos de tuberculose pulmonar em que o bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) foi detectado bacteriologicamente ou em que há achados radiológicos compatíveis com a doença, juntamente com sintomas clínicos típicos. É importante ressaltar que o uso do CID-10 é feito por profissionais da saúde e é fundamental para fins estatísticos e epidemiológicos, bem como para o planejamento e implementação de programas de controle e prevenção da tuberculose.
O CID-10 A31.0 é usado para diagnosticar a tuberculose pulmonar ativa, portanto, médicos pneumologistas e infectologistas são os profissionais da área da saúde que mais comumente usam esse código. No entanto, dependendo do contexto e dos sintomas apresentados pelo paciente, outros especialistas podem utilizar o CID-10 A31.0 em seu diagnóstico e tratamento, como clínicos gerais, pediatras e radiologistas.
O CID 10 A31.0 refere-se a uma categorização da Classificação Internacional de Doenças, versão 10, para infecção pulmonar por micobactéria atípica. As micobactérias atípicas, também conhecidas como micobactérias não tuberculosas (MNT), incluem uma variedade de espécies que diferem da Mycobacterium tuberculosis, responsável pela tuberculose clássica. Estas infecções são geralmente menos conhecidas, mas podem causar doenças igualmente graves, especialmente em indivíduos com sistema imunológico comprometido.
As micobactérias atípicas são encontradas em ambientes naturais, como água e solo, e podem ser adquiridas através da inalação de aerossóis ou pelo contato direto com essas fontes. Entre as espécies de micobactérias atípicas, destacam-se o Mycobacterium avium complex (MAC), o Mycobacterium kansasii e o Mycobacterium abscessus. Esses patógenos podem causar uma gama de doenças pulmonares, principalmente em pacientes com doenças pulmonares preexistentes, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bronquiectasias e fibrose cística.
Os sintomas de uma infecção pulmonar por micobactéria atípica incluem tosse persistente, escarro com sangue, fadiga, perda de peso e febre. Devido à similaridade dos sintomas com outras doenças pulmonares, o diagnóstico pode ser desafiador e geralmente requer uma combinação de exames de imagem, como radiografias de tórax ou tomografias computadorizadas, além de testes microbiológicos para identificar a bactéria específica envolvida.
O tratamento das infecções pulmonares por micobactérias atípicas é complexo e geralmente prolongado, podendo durar vários meses ou até anos. Em muitos casos, é necessária uma abordagem multidisciplinar envolvendo pneumologistas, infectologistas e outros especialistas. O regime terapêutico frequentemente inclui uma combinação de antibióticos, como macrolídeos, rifampicina e etambutol, com base na sensibilidade da cepa bacteriana identificada. A aderência rigorosa ao tratamento é crucial para alcançar a cura, considerando que pode haver uma alta taxa de recaídas.
Devido à resistência natural das micobactérias atípicas a muitos antibióticos comuns, o desenvolvimento de novas terapias e abordagens de manejo é um importante campo de pesquisa médica. A conscientização e o reconhecimento precoce da doença são essenciais para um manejo eficaz, melhorando as chances de recuperação e qualidade de vida dos pacientes afetados.