B66.0 - Opistorquíase
B66.1 - Clonorquíase
B66.2 - Dicrocelíase
B66.3 - Fasciolíase
B66.4 - Paragonimíase
B66.5 - Fasciolopsíase
B66.8 - Outras infestações por trematódeos especificados
B66.9 - Infecção não especificada por trematódeo
O CID-10 B66.0 é usado para identificar a esquistossomose hepatoesplênica, uma forma grave de infecção parasitária causada pelo Schistosoma mansoni. É especialmente comum em áreas tropicais e subtropicais com água doce contaminada. O código CID-10 é usado em registros médicos para fins de diagnóstico e classificação estatística de doenças.
O CID-10 B66.0 refere-se à esquistossomose hepatoesplênica. Os médicos que podem usar esse código de diagnóstico incluem infectologistas, hepatologistas, gastroenterologistas e clínicos gerais que tratam pacientes com essa condição.
CID 10 B66.0: Entenda o Significado e Importância
A Classificação Internacional de Doenças (CID) é um sistema amplamente utilizado para categorizar diagnósticos médicos. A sigla CID 10 B66.0 se refere especificamente a uma condição conhecida como esquistossomose, uma infecção parasitária provocada pelo trematódeo Schistosoma haematobium. Este parasita é conhecido por ser endêmico em certas áreas tropicais e subtropicais, especialmente na África.
A esquistossomose é uma das doenças tropicais negligenciadas mais prevalentes e impacta milhões de pessoas anualmente. O ciclo de vida do Schistosoma envolve duas fases principais: um estágio que passa por caracóis de água doce, agindo como hospedeiros intermediários, e outro que se desenvolve em humanos. A infecção ocorre com a penetração das cercárias — formas larvais do parasita — através da pele durante o contato com águas contaminadas.
Os sintomas da esquistossomose podem variar bastante. No caso do Schistosoma haematobium (CID 10 B66.0), o parasita tende a impactar predominantemente o sistema urinário. Os sintomas mais comuns incluem dor ao urinar, hematúria (presença de sangue na urina) e, em casos mais severos, danos graves à bexiga e aos rins. Diagnosticar e tratar a esquistossomose rapidamente é crucial, pois, se deixada sem tratamento, a infecção pode levar a complicações crônicas como insuficiência renal e câncer de bexiga.
O diagnóstico da esquistossomose é tipicamente realizado através de exames de urina, uma vez que os ovos do Schistosoma podem ser detectados microscopicamente. Testes sorológicos e exames de imagem também podem ser úteis em casos mais complexos. O tratamento padrão geralmente envolve o uso de medicamentos antiparasitários, como praziquantel, que é eficaz na eliminação do parasita.
A prevenção da esquistossomose é multifacetada, incluindo desde a melhoria do saneamento básico até programas de educação pública e iniciativas para controlar a população de caracóis. Campanhas de saúde pública que promovem tratamentos periódicos em comunidades de alto risco também desempenham um papel vital na redução da incidência da doença.
Embora seja uma condição séria, a esquistossomose é prevenível e tratável, destacando a importância de esforços contínuos na área de saúde pública e pesquisa para combater esta e outras doenças tropicais negligenciadas.