B67.0 - Infestação hepática por Echinococcus granulosus
B67.1 - Infestação pulmonar por Echinococcus granulosus
B67.2 - Infestação óssea por Echinococcus granulosus
B67.3 - Infestações por Echinmococcus granulosus, outras e de localizações múltiplas
B67.4 - Infestação não especificada por Echinococcus granulosus
B67.5 - Infestação hepática por Echinococcus multilocularis
B67.6 - Infecções por Echinococcus multilocularis, outras e de localizações múltiplas
B67.7 - Infestação não especificada por Echinococcus multilocularis
B67.8 - Infestação hepática não especificada, por Echinococcus
B67.9 - Infestações por Echinococcus, outras e as não especificadas
O CID-10 B67.0 é o código para a doença conhecida como cisticercose, que é causada pela infecção do tecido humano pela forma larval (cisticerco) da Taenia solium, um parasita intestinal de porcos. Esse código é utilizado em registros médicos para identificar e monitorar casos dessa doença infecciosa.
O CID 10 B67.0 se refere à doença chamada de equinococose hepática, que é uma infecção causada por um parasita conhecido como Equinococcus granulosus. Os médicos que podem usar esse código incluem infectologistas, gastroenterologistas, hepatologistas e outros especialistas que lidam com doenças hepáticas e parasitárias.
A Cisticercose é uma infecção causada pela forma larval da tênia Taenia solium, que afeta os tecidos humanos após a ingestão de ovos do parasita. No caso do CID 10 B67.0, referimo-nos especificamente à Cisticercose do Sistema Nervoso Central (SNC). Essa condição é uma das manifestações mais graves da cisticercose, uma vez que pode afetar diretamente o cérebro e a medula espinhal, causando uma variedade de sintomas neurológicos.
A contaminação ocorre geralmente através da ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes humanas contendo ovos da Taenia solium. Após a ingestão, os ovos passam pelo trato gastrointestinal e liberam larvas que podem entrar na corrente sanguínea e migrar para diferentes tecidos do corpo, incluindo o Sistema Nervoso Central.
Os sintomas da cisticercose no SNC podem variar amplamente, dependendo da localização e do número de cistos, e podem incluir desde cefaleias, convulsões e déficits neurológicos focais até hidrocefalia e meningite. As manifestações clínicas dependem substancialmente da resposta inflamatória do hospedeiro aos cistos. Nos casos em que a inflamação é intensa, os sintomas são mais graves.
O diagnóstico é feito através de uma combinação de exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), e testes sorológicos que detectam anticorpos contra a Taenia solium. Em alguns casos, pode ser necessária a análise do fluido cerebroespinhal.
Para o tratamento, várias abordagens podem ser adotadas, incluindo o uso de medicamentos antiparasitários, como albendazol ou praziquantel, que são eficazes na destruição dos cistos. Além disso, corticosteroides podem ser administrados para diminuir a inflamação associada à morte dos cistos parasitários. Em casos mais graves, pode ser necessário um tratamento cirúrgico para a remoção de cistos ou a colocação de derivação ventricular para tratar a hidrocefalia.
A prevenção é crucial, e inclui práticas de higiene adequadas, como lavar bem as mãos e alimentos, além do tratamento adequado de águas residuais e controle da criação de suínos, que são hospedeiros intermediários do parasita.
Em resumo, a Cisticercose do Sistema Nervoso Central (CID 10 B67.0) é uma infecção parasitária complexa que requer uma abordagem multidisciplinar para diagnóstico e tratamento eficaz. A prevenção continua sendo a melhor estratégia para controlar essa doença debilitante.