E28.0 - Excesso de estrógeno
E28.1 - Excesso de andrógenos
E28.2 - Síndrome do ovário policístico
E28.3 - Insuficiência ovariana primária
E28.8 - Outra disfunção ovariana
E28.9 - Disfunção ovariana não especificada
O CID-10 E28.0 é usado para indicar o diagnóstico de "Síndrome de Cushing", uma condição médica que resulta da exposição do corpo a altos níveis do hormônio cortisol por um longo período de tempo. O código CID-10 é usado pelos profissionais de saúde para documentar e comunicar informações sobre diagnósticos médicos em sistemas eletrônicos de registro médico e faturas de serviço de saúde.
O CID-10 E28.0 é utilizado por endocrinologistas e outros médicos para diagnosticar doenças relacionadas à disfunção do hormônio cortisol, como a síndrome de Cushing e a insuficiência adrenal primária.
CID 10 E28.0 - Síndrome do Ovário Policístico (SOP)
A Síndrome do Ovário Policístico (SOP), codificada no CID 10 como E28.0, é uma condição endocrinológica complexa que afeta até 10% das mulheres em idade reprodutiva. A SOP é marcada por um conjunto de sintomas que incluem irregularidades menstruais, hiperandrogenismo e ovários policísticos, embora as manifestações possam variar amplamente entre as pacientes.
A SOP se distingue pela sua complexidade e pela variedade de manifestações clínicas. Os sintomas podem variar desde menstruações irregulares ou ausentes, acne, excesso de pelos corporais (hirsutismo) e ganho de peso até a dificuldade para engravidar. Esses sintomas são consequências de um desequilíbrio hormonal, onde há uma produção excessiva de andrógenos pelos ovários.
Um dos aspectos mais desafiadores da SOP é sua associação com outras condições de saúde, como resistência à insulina, diabetes tipo 2, hipertensão arterial e dislipidemia. A resistência à insulina, em particular, é uma característica comum, e muitas mulheres com SOP apresentam intolerância à glicose ou diabetes tipo 2. Esse cenário aumenta o risco para doenças cardiovasculares, tornando o manejo da SOP crucial para a saúde geral das pacientes.
Para o diagnóstico da SOP, são utilizados critérios clínicos e laboratoriais. Os Critérios de Rotterdam, amplamente aceitos, requerem a presença de pelo menos dois dos seguintes três critérios: anovulação (ausência de ovulação), sinais clínicos ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários policísticos visíveis ao ultrassom. No entanto, é importante descartar outras condições que possam causar sintomas semelhantes, como doenças da tireoide ou hiperplasia adrenal congênita.
O tratamento da SOP é multifacetado e deve ser individualizado, focando nos sintomas específicos e nas necessidades da paciente. As abordagens terapêuticas podem incluir mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios para perda de peso, medicamentos como anticoncepcionais orais para regular os ciclos menstruais e reduzir o hiperandrogenismo, e metformina para melhorar a resistência à insulina. Em casos de infertilidade, tratamentos hormonais e técnicas de reprodução assistida podem ser necessários.
A gestão da SOP também envolve educação e apoio contínuo. É essencial para as pacientes compreenderem sua condição e as implicações para a saúde a longo prazo. Uma abordagem multidisciplinar, envolvendo endocrinologistas, ginecologistas, nutricionistas e psicólogos, pode ser benéfica para o tratamento eficaz da sindrome e para a melhoria da qualidade de vida das mulheres afetadas.
Entender a SOP como uma condição de saúde crônica e de manejo contínuo é fundamental para reduzir complicações e melhorar o bem-estar das mulheres impactadas por essa síndrome.